5 tendências em empreendedorismo que não pode ignorar em 2020
John Hall, cofundador e presidente da Calendar (aplicação de planeamento e gestão do tempo), apresenta-nos, num artigo na Forbes americana, cinco tendências em empreendedorismo para o ano que se aproxima. De que forma o autor do best-selling “Top of Mind” chegou às tendências em questão?
A partir das interações que teve com os participantes do Strategic Growth Forum U.S., realizado pela Ernst & Young (EY) no final de novembro nos EUA, onde conversou “com alguns dos fundadores mais inteligentes do país” sobre as melhores práticas e tendências que vão moldar 2020. O também empreendedor, que saiu do evento com novas ideias para expandir a sua empresa, prestou especial atenção às tendências mencionadas. As cinco que se seguem surgiram várias vezes:
1. Otimização é a nova gestão de risco
Com as tensões políticas em alta (em ano de eleições presidenciais nos EUA) e uma possível recessão no radar de todos, Lee Henderson, Americas Growth Markets Leader na EY, enfatiza a importância de jogar pelo seguro, mas continuando a apostar. E explica: “as empresas precisam de olhar para aspetos como contratos, fornecedores, custos e operações para que haja conforto na eficiência, mas devem continuar a procurar áreas para crescer e inovar.
Haverá certamente oportunidades e há que estar preparado para as capitalizar quando chegar a altura”. Segundo dados da EY, os empreendedores estão mais otimistas que outros líderes de negócio quanto a estas oportunidades. Entre os empreendedores, 67% dizem estar concentrados em “procurar novas oportunidades de mercado”, por comparação com apenas 19% dos líderes de empresas de grande dimensão.
2. Start-ups de setores específicos registam o maior crescimento
Brad Keywell, CEO da Uptake Technologies e World Entrepreneur of the Year, refere que as melhores oportunidades para os empreendedores nem sempre se encontram nos vastos negócios de serviços. “As grandes empresas como a Amazon são ótimas a agregar valor para os mercados de massas via a tecnologia”, diz, adiantando que “são os nichos em que elas não atuam que proporcionam uma oportunidade real aos empreendedores, que podem ser flexíveis e mover-se mais depressa”.
3. Empreendedores não técnicos ganham com parcerias
Muitas das pessoas com grandes ideias não fazem código. Todd Buelow, fundador da start-up tecnológica Dualboot Partners, sublinha que, cada vez mais, os empreendedores não técnicos confiam noutros para desenvolver as tecnologias necessárias para transformar os seus sonhos em realidade. Na sua opinião, tal deve-se a muitos especialistas em tecnologia estarem também a voltar-se para o empreendedorismo. Eles podem ter as competências necessárias para criar o produto, mas geralmente precisam de apoio do lado de vendas e do marketing – onde muitos fundadores não técnicos brilham.
4. Equipas usam tecnologia para maximizar as suas operações
Uma das maneiras pelas quais as empresas estão a jogar pelo seguro, como Lee Henderson sugere que devem fazer, é através da tecnologia. As ferramentas de poupança de tempo permitem que os empreendedores obtenham mais com menos recursos. Uma empresa na frente desta tendência é a Teamwork, uma plataforma de gestão de projetos com sede na Irlanda. O CEO, Peter Coppinger (que recebeu o prémio EY Ireland Entrepreneur of the Year), indica que as melhorias de eficiência nos sistemas operacionais são uma ótima forma de permanecer seguro enquanto procura crescer.
5. Empresas tornam-se mais conscientes da sua cultura
Este foi um tema repetido várias vezes: são as pessoas que fazem um negócio prosperar. Muitas das pessoas que este ano participaram no evento da EY queriam aprender sobre como criar equipas diversificadas, destacando o melhor dos seus funcionários e fomentando o tipo de cultura de trabalho em que os melhores colaboradores desejam permanecer. Isto porque muitos empreendedores têm dificuldade em encontrar talento.
A solução, concluíram os participantes no “Strategic Growth Forum U.S.”, passa por investir no crescimento pessoal dos membros da equipa; o que significa ter um ambiente de trabalho flexível, muita autonomia e remuneração com base no desempenho (como participação nos lucros) para manter a motivação.
As previsões de tendências nem sempre se concretizam, no entanto os participantes no fórum da EY sabem do que falam. Com o novo ano a poucas semanas de distância, John Hall declara que vai investir em áreas como a cultura da sua empresa e tecnologia, investimento que fornece proteção sem prejudicar o crescimento. Venha daí 2020!
https://linktoleaders.com/5-tendencias-em-empreendedorismo-que-nao-pode-ignorar-em-2020/
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